Dupla de cineastas retrata três realidades quase simultâneas sobre o Rio, suas periferias e violências
Fernando Sousa tem 35 anos. Graduado em ciências sociais, o que também lhe valeu o mestrado na mesma área pela UERJ. É militante desde a adolescência e percorreu o caminho clássico. Foi de Diretório Central de Estdantes (DCE), pertenceu a conselho universitário e conheceu pessoalmente um acampamento do Movimento dos Sem Terra (MST) em Campos, no Sul Fluminense. O contato com os integrantes do movimento foi quase um desdobramento natural do DCE. Tal interlocução mudou completamente, segundo o próprio Fernando, o modo como passou a ver a vida. Sem exageros, passa a impressão de que tal envolvimento foi uma espécie de pedagogia de luta. Gabriel Barbosa tem 28 anos. Natural de Barra do Piraí, também formado em Ciências Sociais, tem na bagagem um mestrado e agora é doutorando em antropologia na UFF. Ele e Fernando se conheceram quando trabalhavam na UPP Social, projeto da prefeitura do Rio de Janeiro, capitaneado pelo Instituto Pereira Passos, que promovia a interlocução...