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Mostrando postagens de julho, 2018

Entrevista do Mês: Lúcia Murat

A dama da guerrilha e da reflexão Fórum Grita Baixada conversa com a cineasta que mais problematizou o Brasil em sua obra. Diz que seu cinema não é panfletário e relata sua angústia em depor na Comissão da Verdade Prestes a fazer 70 anos de idade, é difícil realizar uma conversa com a cineasta Lúcia Murat e se dispor a falar apenas sobre cinema. Cada filme seu é um recorte historiográfico específico que merece ser analisado por horas. Sua filmografia fala de quase tudo: favela, violência urbana, tráfico de drogas, protagonismo feminino, reflexões sobre a luta armada, corrupção político-partidária, exploração dos povos indígenas, mas acima de tudo, de resistência. Participou do movimento estudantil e em dezembro de 1968, entrou para a luta armada integrando o MR-8. Presa pela repressão do regime, em 1971, passou três anos e meio encarcerada na Vila Militar, no bairro do Realengo, zona Oeste do Rio de Janeiro, onde foi torturada por meses. A dolorosa experiência resultou em um...

A violência como cotidiano de uma cidade

A violência como cotidiano de uma cidade Novas exibições do documentário “Nossos Mortos Têm Voz” para alunos da escola municipal José de Alencar e professores da rede pública de ensino em Queimados reacendem debates sobre violência Mais duas exibições do documentário “Nossos Mortos Têm Voz”, que retrata a luta de mães e mulheres da Baixada Fluminense em busca de justiça para seus filhos e familiares assassinados por agentes públicos de segurança, fizeram emergir mais histórias reais, além das retratadas no filme, de pessoas com histórico de violência atravessadas em suas vidas. Produzido pela Quiprocó Filmes e apresentado por Fórum Grita Baixada e Centro de Direitos Humanos da Diocese de Nova Iguaçu, com o apoio de Misereor e Fundo Brasil de Direitos Humanos, o filme cumpriu o ciclo de 5 exibições e debates com os diretores Fernando Sousa e Gabriel Barbosa, as representantes da Rede de Mães e Familiares Vítimas da Violência de Estado na Baixada, além do professor de sociologia J...

Por mais atividades extracurriculares na periferia

Núcleo Lagoinha IntegrAção e Fórum Grita Baixada promovem atividades com alunos e fortalecem a parceria com o CIEP 188 no Bairro de Lagoinha em Nova Iguaçu Por duas manhãs, nos dias 03 e 04 de julho, o Fórum Grita Baixada esteve presente em Lagoinha, bairro de Nova Iguaçu situado na Estrada de Madureira, para promover duas atividades no Ciep 188 – Mariano Flor Cavalcante, no âmbito da semana de atividades extracurriculares que compunha a culminância do projeto pedagógico da escola. Na manhã no dia 03 de julho, o Fórum Grita Baixada, representado por Lorene Maia (articuladora de território) e Fransergio Goulart (especialista em políticas e programas de direitos humanos e juventudes), promoveu uma atividade cartográfica participativa, produzindo conhecimento em conjunto com os alunos, por meio da Cartografia Social (importante instrumento de disputa de narrativas). A Cartografia Social tem sido reconhecida como uma importante ferramenta ...

Letalidade no Rio e na Baixada demanda construção de um ‘Pacto Pela Vida’

Letalidade no Rio e na Baixada demanda construção de um ‘Pacto Pela Vida’ Evento organizado pela PUCRJ reúne organizações e movimentos sociais, entre eles Fórum Grita Baixada, para se refletir sobre os desafios para a manutenção da segurança pública cidadã e a diminuição do número de homicídios Sujeitos matáveis, criminalizados pela pobreza, indignos de vida. Não importa os dados produzidos pelas pesquisas acadêmicas e tampouco os gritos de ativistas ou movimentos sociais de direitos humanos, a impressão que se tem é que políticas públicas que poderiam interferir diretamente na redução dos homicídios em massa da população negra, periférica e favelada, protagonizados por agentes do Estado, estacionam em um grau de ineficiência traduzida na falta de rigor de suas aplicações pelas autoridades e poder público. As sensações percebidas por militantes de causas minoritárias é um misto de perplexidade e desânimo, embora tentativas de se discutir a violência por quem sofre as arbitrar...

A violência como cotidiano de uma cidade

Novas exibições do documentário “Nossos Mortos Têm Voz” para alunos da escola municipal José de Alencar e professores da rede pública de ensino em Queimados reacendem debates sobre violência. Mais duas exibições do documentário “Nossos Mortos Têm Voz”, que retrata a luta de mães e mulheres da Baixada Fluminense em busca de justiça para seus filhos e familiares assassinados por agentes públicos de segurança, fizeram emergir mais histórias reais, além das retratadas no filme, de pessoas com histórico de violência atravessadas em suas vidas. Produzido pela Quiprocó Filmes e apresentado por Fórum Grita Baixada e Centro de Direitos Humanos da Diocese de Nova Iguaçu, com o apoio de Misereor e Fundo Brasil de Direitos Humanos, o filme cumpriu o ciclo de 5 exibições e debates com os diretores Fernando Sousa e Gabriel Barbosa, as representantes da Rede de Mães e Familiares Vítimas da Violência de Estado na Baixada, além do professor de sociologia José Claudio Souza Alves, autor do livro “Do...

Letalidade no Rio e na Baixada demanda construção de um ‘Pacto Pela Vida’

Evento organizado pela PUCRJ reúne organizações e movimentos sociais, entre eles Fórum Grita Baixada, para se refletir sobre os desafios para a manutenção da segurança pública cidadã e a diminuição do número de homicídios Sujeitos matáveis, criminalizados pela pobreza, indignos de vida. Não importa os dados produzidos pelas pesquisas acadêmicas e tampouco os gritos de ativistas ou movimentos sociais de direitos humanos, a impressão que se tem é que políticas públicas que poderiam interferir diretamente na redução dos homicídios em massa da população negra, periférica e favelada, protagonizados por agentes do Estado, estacionam em um grau de ineficiência traduzida na falta de rigor de suas aplicações pelas autoridades e poder público. As sensações percebidas por militantes de causas minoritárias é um misto de perplexidade e desânimo, embora tentativas de se discutir a violência por quem sofre as arbitrariedades das forças de segurança permaneçam legítimas. Um exemplo desse ...

Entrevista do mês: Sueli Catarina e José Sérgio

Os desafios em se manter um projeto social Conversamos com dois representantes da organização Visão Mundial, uma das instituições parceiras do Fórum Grita Baixada, sobre os percalços que encontram em conduzir iniciativas dessa natureza Quem se aventura a militar em projetos sociais, pode ter a certeza de uma coisa. Os desafios se somam de maneira constante. Principalmente se o público-alvo a ser atendido é uma minoria social, desprivilegiada de uma série de direitos que deveriam ser garantidos por lei. Essa é uma das características de instituições como a Visão Mundial, entidade parceira do Fórum Grita Baixada, cuja unidade funciona em Jardim Palmares, bairro periférico de Nova Iguaçu. Conversamos com dois de seus representantes, Sueli Catarina e José Sérgio. Sueli é ativista desde a juventude. Começou o trabalho em um movimento ligado à juventude da Igreja Metodista no bairro da Chatuba, em Nilópolis, articulando com a associação de moradores um projeto social apoiado...