Pular para o conteúdo principal

Como anda a Educação na Baixada Fluminense?


Como anda a Educação na Baixada Fluminense?
Fórum Grita Baixada participa do debate “A Escola que Queremos” sobre a realidade escolar da juventude na região.

Texto e fotos: Lorene Maia, articuladora de territórios do Fórum Grita Baixada

Na manhã da última sexta-feira (08/06), o Fórum Grita Baixada esteve no Colégio Estadual Professor Mário Campos em Nilópolis, para o debate “A escola que queremos” idealizado pelo Núcleo do FGB em Nilópolis e apoiado pelos professores Cidney de Oliveira e Cristiane de Castro, a direção da escola e a representante do Pré-Vestibular + Nós, Laura Tissi.

O público foi formado por jovens de seis turmas do ensino médio.  O debate teve a finalidade de abordar assuntos relacionados à realidade escolar e ao cotidiano dos jovens da Baixada Fluminense, tais como: a reforma do ensino médio, educação popular, pré-vestibular, acesso ao ensino superior, escola sem partido e retirada de direitos. Para isso, teve também como pano de fundo uma breve análise da conjuntura política e educacional do país.

O momento foi importante para informar, mas também para ouvir dos alunos o que eles pensam em relação à escola que querem, a escola que possuem e da atual conjuntura do país. Junto com os jovens, os professores Cidney e Cristiane e a universitária e representante do pré-vestibular + Nós, Laura, resgataram o contexto histórico que nos levou a atual situação do país. A educação, que sempre foi um privilégio de poucos (das elites) e que sempre foi utilizada como uma ferramenta de manutenção do poder, ainda hoje é negada aos mais pobres e utilizada como instrumento de segregação para a manutenção de classes.

O Fórum Grita Baixada, apoiou a iniciativa do núcleo e acha fundamental colocar em pauta esse assunto que, para além de estar diretamente ligado com a temática dos direitos humanos, está também relacionado a temática da segurança pública. Uma vez que a reforma do ensino médio, a escola sem partido e a retirada de direitos, perpetua uma conjuntura histórica ligada a formação de mão-de-obra barata, mecânica e não pensante, com a finalidade de atender o mercado e precarizar o ensino para que as classes mais pobres e não privilegiadas permaneçam na posição de subalternos e desinformados, às margens da sociedade e sujeitas a toda sorte de violências, inclusive as praticadas pelo estado.

Ao final do debate, “A escola que queremos” ganhou mais corpo e voz com alunos discutindo a cerca do propósito de tantas informações sendo negadas na escola pública. A escola que queremos é a que alunos sejam sujeitos da construção de seu próprio conhecimento, aquela em que o conhecimento acadêmico está ligado à realidade que enfrentam cotidianamente, é aquela libertadora.

14-06-18

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Seminário de lançamento do Projeto de Litigância Estratégica: um Brasil Dentro do Brasil Pede Socorro

Seminário de lançamento do Projeto de Litigância Estratégica: um Brasil Dentro do Brasil Pede Socorro O projeto é de realização do Centro Dos Direitos Humanos com a parceria do Fórum Grita Baixada e da Rede De Comunidades e Movimento Contra A Violência, com apoio do Fundo Brasil De Direitos Humanos. Integram a mesa de convidados (as): * Centro Dos Direitos Humanos De Nova Iguaçu - Fransérgio Goulart - Assessor Político * Coordenadoria Direitos Humanos Do Ministério Público Estadual - Coordenadora Eliane Pereira * Mãe Vítima Da Violência Na Baixada - Nívia Do Carmo - Mãe De Rodrigo Tavares * Fórum Grita Baixada - Maria De Fátima Silva * Rede De Comunidades E Movimento Contra A Violência - Maria Dalva Correia Da Silva * Justiça Global - Guilherme Pontes -Pesquisador * Napave -Núcleo De Atenção Psicossocial A Vítimas Da Violência De Estado /Iser - Tânia Kolker - Coordenadora Do Projeto Mediação: Centro Dos Direitos Humanos De Nova Iguaçu - Bárbara Lucas - Coordenadora Do Projeto ...
Centro de Direitos Humanos de Nova Iguaçu no Conselho Estadual de Segurança Pública. Na última terça-feira (12/12), o Centro de Direitos Humanos de Nova Iguaçu (CDHNI) tornou-se o mais novo integrante do Conselho Estadual de Segurança Pública de Rio de Janeiro (CONSPERJ). Representante da instituição será empossado com mandato de dois anos De acordo com o site do CONSPERJ (consperj.rj.gov.br), o referido Conselho foi formado com o objetivo de formular e propor diretrizes para as políticas públicas da segurança. O Consperj é composto por 30 integrantes titulares e 30 suplentes, empossados para um mandato de dois anos. Entre eles, estão representantes do poder público, das instituições representativas da sociedade civil e dos trabalhadores da área de Segurança Pública. O Consperj é o primeiro conselho estadual de segurança do país a incluir representantes da sociedade civil e dos trabalhadores da área de segurança na proporção estabelecida pela 1ª Conferência Naciona...

Comissão Pastoral da Terra da Diocese de Nova Iguaçu discute a violência no campus da UFRJ

Sônia Martins, da CPT, e membro associada do FGB relata drama de moradores A pesquisadora Sônia Martins, da Comissão Pastoral da Terra da Diocese de Nova Iguaçu e membro associada do Fórum Grita Baixada, participou da mesa Territórios em Conflito, na última aula do IV Curso de Extensão Mídia, Violência e Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na última quarta-feira (13/9). Ela relatou como a geografia política da Baixada Fluminense, em especial as regiões de Nova Iguaçu, Queimados e Japeri, se configurou numa histórica negligência do Estado, que permitiu que ocupações irregulares fossem encaradas apenas como problemas indesejáveis e nunca solucionados. “O nascimento de bairros como Vila de Cava e Lagoinha, em Nova Iguaçu, apenas espelharam o quanto os problemas habitacionais relacionados com a expansão irregular das populações periféricas nunca ocasionou nenhum tipo de preocupação do poder público e, com isso, favoreceu o aparecimento de novas disputas de p...